A Olimp�ada de L�ngua Portuguesa Escrevendo o Futuro � um concurso de produ��o de textos para alunos de escolas p�blicas de todo o pa�s, do 5� ano do Ensino Fundamental ao 3� ano do Ensino M�dio. Iniciativa do Minist�rio da Educa��o e da Funda��o Ita� Social, com coordena��o t�cnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educa��o, Cultura e A��o Comunit�ria (Cenpec), em 2016 promove sua 5� edi��o.
A Secretaria Municipal de Educa��o de S�o Sep� realizou a ades�o � Olimp�ada e a EEEF Leonardo Kurtz participou e os textos foram avaliados atrav�s de uma Comiss�o Julgadora Municipal formada pelas professoras Analice Ineu Chiappta, Elenice Alves Rodrigues e Elsa Gass. Confira os textos avaliados nas categorias e mem�rias litrer�rias e poema. Parab�ns � Escola Estadual Leonardo Kurtz pela participa��o!!
Escola: EEEF Leonardo Kurtz
Aluna: Ana Cristina Pereira Le�o
Professora: Karoline Rodrigues de Melo
Categoria: Mem�rias liter�rias
T�tulo: O pequeno mundinho Boqueir�o
O pequeno mundinho Boqueir�o
Parado aqui na varanda de minha casa, lembro-me do passado e de como eram boas as cavalgadas em manh�s com geadas terr�veis, em que o ar batia no rosto - e que chegava a doer! -, os campos bem branquinhos por conta da geada que havia ca�do e de como eu e meus irm�os ador�vamos isso, mesmo sendo duro... Tudo isso est� guardado em meus pensamentos at� hoje.
Em 5 de julho de 1946, numa manh� fria, em uma casa humilde, feita de telhas e madeira j� bem gastas pelo tempo nos altos morros do Boqueir�o - segundo subdistrito de S�o Sep� - nasceu Jos� Elder. Um guri que quando crescesse se tornaria forte, valente e seguro de si. O parto aconteceu em casa mesmo, no quarto dos pais, a respons�vel pelo parto foi Dona Tom�sia - chamada de e considerada uma m�e no futuro, por conta disso - vizinha e amiga da fam�lia.
Crescendo, desde cedo eu comecei a ajudar no campo e a cuidar dos animais. Todos os dias ao levantar, antes de ir para a escola eu ia racionar os porcos, as galinhas e os cavalos. Aquele cheiro de fezes de porco e o ronco que eles faziam j� era t�o comum para mim, quanto as galinhas cacarejando junto com o relincho dos cavalos pelas manh�s dentro das estribarias.
Al�m do trabalho, havia tamb�m a tarefa - � claro- de frequentar o col�gio. O col�gio era na sala da casa de meu tio. A sala, como o resto da casa, era feita de madeira j� gasta por causa do tempo, coberta por telhas e o piso era assoalho - um g�nero de piso muito usado antigamente, mas presente em algumas casas hoje em dia. Eram v�rios alunos com v�rias idades, a sala era grande e acomodava muito bem todos.
Depois de um tempo o col�gio foi mudado para o galp�o da casa de outro meu tio. Era de t�buas, n�o t�o gastas quanto as da antiga casa, e o piso era assoalho. N�s us�vamos lousas para escrever porque n�o existiam cadernos. Todos os dias era cantado o Hino Nacional e era rezada uma Ave-Maria e um Pai-Nosso no in�cio e no final de cada aula.
Depois do col�gio volt�vamos para casa para o almo�o que sempre era farto com os alimentos principais, mas tornava-se pouco por conta da quantidade de filhos, no total foram 15.
Ao fim da tarde, ao longe se ouviam as risadas e os gritos da "gurizada" se divertindo no a�ude, ent�o �amos todos juntos l� nos banharmos por ser perto de casa. Depois segu�amos para casa, todos limpos, com os cabelos molhados, prontos para o jantar que tamb�m era muito farto.
Os fins de semana eram aproveitados para jogar bola no campinho ali perto, com goleiras feitas de bambu e o campo sempre cheio de rosetas, ou ent�o eram aproveitados para jogar osso, bochas nas canchas mais pr�ximas e, por fim, uma vez por ano, havia a festa de comemora��o ao Santo Ant�nio, na capela que recebeu o nome dele.
Naquele tempo as pessoas eram felizes e alegres, n�o existiam inimizades e muito menos intrigas. As crian�as desde cedo j� tinham obriga��es e as cumpriam, diferentemente de hoje em dia no qual poucas cumprem.
Nos dias de hoje a Capela Santo Ant�nio ainda existe, todos os anos t�m festas cada vez maiores l�; o campo de futebol virou uma lavoura e poucos ali sabem quantos "tamp�es de ded�es" foram arrancados ou quantos gols foram comemorados ali, ou ainda quais amizades foram conquistadas em cada jogo. As canchas de bochas ainda existem, embora pouco utilizadas. Tudo est� guardado em minha mem�ria como se tivesse vivido isso ontem! Nada e ningu�m poder� retratar ou lembrar-se de tudo que vivi no pequeno mundinho Boqueir�o.
Escola: EEEF Leonardo Kurtz
Aluna: Evelliyn Ciria Pinto Sim�es
Professora: Elenice Silveira Jorge
Categoria: Poema
T�tulo: Minha Cidade
.
Minha Cidade
Minha cidade � um pouco grande
Ela fica no meio do Rio Grande.
Ela se chama S�o Sep�
E recebeu este nome
Em homenagem ao �ndio Sep�!
Minha cidade � t�o importante
Que at� a Tocha Ol�mpica passou aqui
Correram muitas not�cias
E se espalharam por a�.
Aqui n�o tem tesouros,
Mas t�m muitas pessoas
Que inclusive valem ouro!